O faturamento das redes de alimentação fora de casa cresceu 2,9% no mês de fevereiro em comparação com janeiro, segundo o IFB (Instituto Foodservice Brasil), que reúne as empresas de grande porte. A variação foi considerada tímida pelo setor, afirma Marcelo Marinis, presidente da entidade e da operação brasileira da Martin Brower, de logística alimentar.
Esse avanço no potencial de gasto da população decorre sempre da melhora no mercado de trabalho. Ou uma pessoa que estava desempregada passou a trabalhar, tudo isso aumenta a renda familiar e libera mais possibilidade de consumo”, explicou João Caetano, gerente de marketing de Produto da Geofusion.
Os restaurantes e bares representam 45,10% dos serviços prestados às famílias brasileiras dentro da Pesquisa Mensal de Serviços, apurada pelo IBGE. O subsetor de alojamento e alimentação fechou o ano de 2017 com ligeiro recuo de 0,3% no volume de serviços prestados, em relação a um ano antes. Mas a trajetória é de recuperação, segundo o analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Rodrigo Lobo.
Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a recuperação teve início no segundo trimestre do ano passado. A estimativa é que o faturamento real do setor tenha avançado 1,5% em 2017, com previsão de nova expansão de 4,5% este ano. O presidente executivo da Abrasel, Paulo Solmucci Junior, lembra que o setor viveu seu pior momento no terceiro trimestre de 2016, quando 39% das empresas reportavam prejuízos. No quarto trimestre do ano passado, a proporção de empresas ainda com prejuízo diminuiu para 25%.
“O nosso setor é muito sensível ao aumento do rendimento e à renda disponível, determinada pelo número de pessoas empregadas”, justificou Solmucci Junior. “Agora temos não só menos empresas fazendo prejuízo, como as que estão positivas voltaram a melhorar”, disse.
Fonte: folha.uol.com.br