Quando falamos de fast food, o Brasil é o país de maior consumo desse mercado na América do Sul com um crescimento previsto de 30,88% até 2019 (EAE Bussiness Scholl) com um gasto per capita de R$ 265,00 em 2014. Esse cenário vem de encontro com a busca por refeições fora de casa e o aumento da população que cada vez mais come na rua, seja por questões de trabalho; o fato de homens e mulheres trabalharem fora e praticamente não terem tempo de preparar refeições em casa e o numero de pessoas que moram sozinhas, entre outros aspectos.

A indústria tem nesse mercado do fast food sua grande fatia fornecendo produtos prontos ou superprocessados o que acaba por induzir grande parte da população a ingerir sódio, açúcares e calorias em excesso. A população brasileira carrega o triste percentual de 53% de adultos acima do peso além de metade das causas de morte sofrerem influência direta da alimentação. Diante disso, governo e indústrias tem se movimentado para diminuir esses nutrientes em alimentos prontos ou semi prontos causadores de obesidade, diabetes, entre outros, na população. Além disso, seja por questões de estética ou de saúde, a população tem buscado opções saudáveis em fast foods como frutas, verduras, legumes, arroz integral, além de carnes magras em preparações menos calóricas como os grelhados, água de coco, sucos detox, etc. Com isso as redes de fast food tem adicionado aos seus cardápios esses itens como forma de atender a demanda de mercado por uma refeição rápida e ao mesmo tempo saudável.

Parece um desafio para os donos de fast food ao mesmo tempo em que vem crescendo negócios focados em ¨fresh food¨ como saladas, waps, sucos naturais, etc. Para não ficar atrás, algumas redes de fast food que só vendiam hambúrguer, fritas e refrigerantes passaram a ter frutas e saladas, além de sucos em seus cardápios. Outros ingredientes também foram adicionados as tradicionais saladas como a quinua, sementes de girassol, linhaça e outros grãos, trigo integral, aveia, e a clorofila em sucos.

    Maria Lucia T. Garcia
É Mestre em Nutrição Humana Aplicada com Especialização em Gastronomia e Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação, além de Presidente da Sociedade Brasileira de Gastronomia e Nutrição SBGAN.