Você perdeu a live de ontem da feira HFN – Hotel & Food Nordeste? Nela discutimos o que muda na arquitetura dos Bares, Restaurantes e Hotéis Pós-Pandemia, trazendo convidados especiais atuantes no ramo. A seguir, enumeramos alguns dos pontos principais da conversa, que você pode assistir na íntegra no vídeo abaixo.
Keila Porto – Arquiteta e Proprietária da PLEIADES Arquitetura e Urbanismo
HFN: Quais são as principais mudanças nas Normas estabelecidas pelas autoridades?
Keila: Todas as Normas evidenciam a importância da adequação dos espaços para facilitar o convívio. A priorização do asseio de mãos, o uso de barreiras permeáveis e de fácil limpeza, a valorização dos fluxogramas, a observação das circulações de clientes e funcionários, evitando assim aglomerações, as novas rotinas de funcionamento dos estabelecimentos, de como trabalhar evitando contato físico entre as pessoas. É uma questão de bom senso e adaptação, de acordo com a nossa nova realidade. É um momento doloroso, mas de descobrimento pessoal e coletivo, nos diversos ofícios. Gosto de uma frase de Machado de Assis que, para mim, descreve a atual situação: “O homem mede sua força quando o obstáculo aparece”.
HFN: Ambientes em Restaurantes fechados, com ar condicionado, serão possíveis?
Keila: Com certeza! Para esterilizar o ar em ambientes fechados, existem ar condicionados com purificadores de ar, com filtro de cerâmica e também os com células de ionização, para produção de ozônio. Para evitar a troca dos equipamentos existentes, podem ser acrescidos aos ambientes equipamentos de purificação e ionização portáteis.
HFN: Quais são outros itens que sofrerão mudanças relacionadas à arquitetura do futuro?
Keila: O distanciamento é fundamental, logo, diversas alternativas serão utilizadas. Separação das áreas de entrada e saída dos estabelecimentos, demarcações nos pisos, barreiras na entrada com, por exemplo, portas de desinfecção, totens medidores de temperatura ou scanners térmicos, que são uma verificação não invasiva e discreta de temperatura. Nos balcões das recepções e nas áreas comuns, as barreiras de proteção podem ser de acrílico, vidro, biombos, vasos de plantas, cortinas e septos diversos. Em buffets, maior atenção, além das barreiras físicas como balcões expositores ou protetores salivares frontais e laterais, será recomendado que haja um funcionário para servir os clientes, mudando o hábito de self-service. Adaptações do espaço com lavatórios equipados, para clientes e funcionários, passam a ser necessárias para um fluxo de higiene e segurança, evitando cruzamentos e contato físico. A conscientização dos novos hábitos pode ter no marketing criativo, para sinalizações e orientações que o momento exige, uma forma simpática de se comunicar com os clientes.
É inevitável a diminuição de mesas nos bares e restaurantes. A alternativa encontrada em cidades da Europa e Estados Unidos, foi a utilização das áreas externas dos estabelecimentos como, por exemplo, os próprios jardins e pátios de estacionamento, depois as calçadas, os parklets e canteiros centrais das ruas, locais abertos que podem ser adaptados e transformados em áreas de uso para clientes. São possibilidades a serem estudadas.
Nos hotéis, além do que foi citado para bares e restaurantes, haverá também a remoção de móveis nas áreas comuns, além da retirada, nos quartos, de itens não essenciais como travesseiros extras, almofadas decorativas, revistas e panfletos. O importante é tentar contornar de forma agradável o desconforto atual e atender às Normas sanitárias.
HFN: O que a indústria está produzindo de mais diferenciado para auxiliar nesse momento?
Keila: Existem os Robôs, que reduzem em 50% as chances de contágio ou infecção; totens para medir temperatura, com dispenser para álcool gel; lâmpadas diferenciadas e raios UV, para eliminar microorganismos; purificadores de ambiente; protetores de centro de mesa; abre portas com antebraço ou com pé; esterilizadores de objetos; tapetes sanitizantes; viseiras gigantes de acrílico para mesas de restaurantes; cabines com luz ultravioleta para higienização de produtos.
HFN: Com qual área você considera que precisamos ter mais cuidado?
Keila: Cozinhas! Estão em bares, restaurantes e hotéis. Nêlas deve-se assegurar, em toda a linha produtiva, instalações convenientemente localizadas para lavagem frequente das mãos, com produtos regularizados. Aumentar os cuidados na chegada dos insumos, nas barreiras dos locais de recebimento, na limpeza, na triagem, no armazenamento e preparo, seguindo até a saída do alimento pronto. As cozinhas devem ser planejadas com segregação de áreas, conforme a Norma, e o fluxo da operação precisa ser linear, sem o cruzamento dos colaboradores, os quais necessitam de espaços para higiene pessoal com barreiras. É um excelente marketing, fazer com que o cliente tenha conhecimento de todas essas medidas de segurança do estabelecimento.
Para assistir a live sobre como proceder no momento de reabertura do meu estabelecimento, acesse o nosso Instagram (@feirahfn)
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