Qual será o perfil do "novo viajante" após a pandemia? - HFN

Com a lenta, mas gradual retomada do setor de turismo, podemos esperar várias mudanças na forma de se viajar por parte de turistas de todo o mundo.

Para descobrir que adaptações serão necessárias para receber clientes da melhor e mais segura forma nos próximos meses, é essencial entender o novo perfil do viajante pós-pandemia. A seguir, listamos algumas das principais mudanças de hábito ao viajar a partir do segundo semestre de 2020.

Pontos turísticos

Parques temáticos, museus, marcos naturais e históricos são conhecidos por atrair multidões em diversos destinos, mas no futuro espera-se que essas multidões sejam muito menores e mais controladas. A cena esperada inclui verificação obrigatória da temperatura, visitantes e trabalhadores com máscaras, passeios, linhas e assentos espaçados para permitir distanciamento social.

Locais como o complexo da Disney na Flórida e o museu do Louvre em Paris já anunciaram as medidas que serão implementadas, como personagens interativos alertando sobre o uso de máscaras e a visita com horários reservados.

Acomodações

Trabalhar remotamente entrou no mainstream, e antecipa-se uma nova tendência com pessoas fazendo viagens mais longas, combinando trabalho e lazer.

Com o crescimento de viagens de longo prazo será mais benéfico para serviços de aluguel de casa, que oferecem aos viajantes uma estadia confortável a um preço acessível. Outra grande mudança no mercado de hospedagem desde o início da pandemia foi uma revisão dos protocolos de limpeza. O aspecto de limpeza de hotéis e pousadas não é mais apenas um detalhe viajantes checam antes de escolher onde vão passar suas férias.

Eventos

Viagens com o propósito de interagir com outras pessoas é especialmente preocupante para viajantes agora. Ainda não está claro como serão as conferências, feiras, encontros políticos, festivais e shows nos próximos meses.

Eventos de grande escala como o Festival de Cannes e os Jogos Olímpicos de Verão de 2020 foram cancelados ou adiados. Os primeiros indícios de retorno dessas atividades provavelmente virão na forma de eventos voltados para o público local nas grandes cidades, com duração mais curta. Também é esperado o aumento de eventos híbridos, que podem incluir modo presencial e virtual.

Destinos

A pandemia criou uma maior procura de experiências longe das multidões. Até que uma vacina seja distribuída, a preferência por viagens mais privadas é uma tendência crescente. Por exemplo: algumas pessoas se sentirão mais confortáveis viajando em veículos pessoais do que pegar voos ou cruzeiros, o que acarretará um possível boom nas viagens domésticas.

Alguns temem que o impacto da pandemia nas companhias aéreas possa se traduzir em menos viajantes voando para o exterior, e, como resultado, vai tornar outras partes das viagens internacionais mais caras. Mas as viagens internacionais também voltarão, possivelmente percebendo um aumento em mochileiros e viajantes independentes indo em seu próprio ritmo, evitando multidões por um tempo.

Alimentação

Muitos restaurantes e bares independentes são verdadeiros marcos de uma experiência local durante a viagem, mas tal segmento talvez passe por dificuldades. Estas pequenas empresas estão lutando para se manter em atividade pós-pandemia, e redescobrindo seu modo de funcionamento.

A previsão de especialistas é de que restaurantes refinados permaneçam como sempre estiveram, graças a um público fiel, e redes de grande porte (como fast food) retomem o mercado rapidamente. Porém, bares e restaurantes independentes e de média escala sofram mais para se manter de pé, com maior necessidade de transmitir sensação de segurança a quem os visita, sendo locais ou turistas.